quinta-feira, 20 de outubro de 2011

  

morte de Kadafi



Muammar Kadafi, o coronel que liderou a Líbia durante 42 anos até ter seu governo posto em xeque a partir das revoltas originadas no país durante a Primavera Árabe, foi morto em um confronto na cidade de Sirte nesta quinta-feira. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmoud Jibril. 

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/morte-de-kadafi-poe-fim-a-doloroso-capitulo-da-libia-diz-obama/n1597302280264.html






 


NOTA DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ:
A SANTA SÉ E A LÍBIA APÓS A MORTE DO CORONEL KADAFI

A notícia da morte do coronel Muhammar Kadafi encerra uma longa e trágica fase da luta sanguinária para a queda de um regime duro e opressivo.
Esse acontecimento dramático obriga mais uma vez à reflexão sobre o imenso preço do sofrimento humano que acompanha a afirmação e a queda de todo o sistema que não esteja fundado no respeito e na dignidade da pessoa, mas sobre a prevalente afirmação do poder.
Deve-se agora, portanto, desejar que, poupando o povo líbio de ulteriores violências devidas ao espírito de revanchismo ou vingança, os novos governantes possam empreender o mais rápido possível a necessária obra de pacificação e reconstrução, com um espírito de inclusão, na base da justiça e do direito; e que a comunidade internacional comprometa-se em ajudar generosamente a reedificação do país.
De sua parte, a pequena comunidade católica continuará a oferecer o seu testemunho e o seu serviço desinteressado em particular no campo caritativo e sanitário, e a Santa Sé se comprometerá em favor do povo líbio com os instrumentos à sua disposição no campo das relações internacionais, no espírito da promoção da justiça e da paz.
A esse propósito, é oportuno recordar que é prática constante da Santa Sé, ao estabelecer relações diplomáticas, reconhecer os Estados e não os Governos. Portanto, a Santa Sé não procedeu a um formal reconhecimento do Conselho de Transição (CNT) como governo da Líbia. Uma vez que o CNT já se colocou de modo definitivo como Governo em Trípoli, a Santa Sé considera-o o legítimo representante do povo líbio, conforme o direito internacional.
A Santa Sé já teve diversos contatos com as novas autoridades da Líbia. Em primeiro lugar, a Secretaria de Estado, que tem a responsabilidade pelas relações diplomáticas da Santa Sé, fez contatos com a Embaixada da Líbia junto à Santa Sé, logo em seguida à mudança política em Trípoli. Durante a sua recente participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, o secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, teve a oportunidade de conversar com o Representante da Líbia junto à ONU, Abdurrahman M. Shalgham. E, mais recentemente, o Núncio Apostólico na Líbia, Dom Tommaso Caputo, que é residente em Malta, dirigiu-se a Trípoli para uma visita de três dias (de 2 a 4 de outubro), durante os quais encontrou-se com o Primeiro Ministro do CNT, Mahmoud Jibril. Dom Caputo foi recebido também pelo Ministério para os Assuntos Exteriores.
Por ocasião desses diversos encontros, foi sublinhada, de ambas as partes, a importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e a Líbia. A Santa Sé teve a oportunidade de renovar o seu apoio ao povo líbio e o seu sustento à transição. A Santa Sé desejou às novas autoridades pleno sucesso na reconstrução do país. De sua parte, os responsáveis pela nova Líbia comunicaram o apreço pelos apelos humanitários do Santo Padre e pelo compromissão da Igreja na Líbia, sobretudo através do serviço nos hospitais e em outros centros de assistência de 13 comunidades religiosas (6 em Tripolitania e 7 em Cirenaica).
Sala de Imprensa da Santa Se, 20 de Outubro de 2011
Fonte: Canção nova

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Salve Maria